Tratamento de aneurismas cerebrais sem cirurgia aberta


12 de outubro de 2015

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Tratamento de aneurismas cerebrais sem cirurgia aberta

A Documenta Ribeirão Preto - Hospital São Francisco disponibiliza tratamento intervencionista para aneurismas cerebrais. Conheça mais esse tratamento, que evita o trauma das cirurgias abertas e proporciona um menor tempo de internação.

Menos invasivo e doloroso, o  método de tratamento proporciona ao paciente uma recuperação mais rápida, retorno às atividades do cotidiano em menor tempo, menos risco de infecção e ausência de cicatriz, não deixa marcas porque, para se chegar ao aneurisma, é feita apenas uma pequena punção na virilha. Basta um pequeno corte na virilha do paciente e a introdução de cateteres para realizar a intervenção minimamente invasiva.

A embolização por cateter é a grande conquista da medicina no tratamento de aneurisma cerebral, desenvolvida na França no início dos anos 90. Com o aperfeiçoamento e apresentação de bons resultados, a nova técnica é atualmente a primeira opção de tratamento na Europa. No Brasil já está sendo praticada em grandes centros de excelência médica, como o de Ribeirão Preto/SP. O tratamento é realizado por médicos treinados em neurorradiologia intervencionista, em modernas salas de angiografia digital - sem necessidade de cirurgia. Cortes traumáticos, como a abertura de crânio, agora dão lugar a esse procedimento mais simples.

Sob anestesia geral, cateteres são introduzidos pelas artérias, geralmente da virilha, e navegam pela circulação até chegar ao interior do aneurisma cerebral. Esses minúsculos instrumentos servem de guia para, em seguida, serem enviadas micro-molas de platina (espirais metálicos) que são inseridas no aneurisma até preenchê-lo totalmente e, assim, excluí-lo da circulação, prevenindo o risco de uma futura hemorragia, esse material, que fica para sempre no paciente, é comprovadamente seguro e não causa reação ao organismo e nem rejeição. Outra possibilidade é através da colocação de um stent na artéria acometida, com reconstrução da parede do vaso e redirecionamento do fluxo sanguíneo. Todo o procedimento é visualizado em tempo real por meio de um moderno equipamento de Raios - X, que gera as imagens em três dimensões (alta definição), projetadas num tipo de monitor de TV.

A máquina de última geração (existem poucas instaladas no Estado de São Paulo) possibilita ao neurorradiologista enxergar dentro do corpo do paciente as mais minúsculas lesões vasculares, vistas sob todos os ângulos. Praticamente todos os aneurismas cerebrais podem ser tratados por embolização com grandes chances de sucesso. Geralmente pacientes idosos ou com doenças graves associadas são encaminhados para a nova técnica. Porém, pessoas de qualquer idade podem ser submetidas ao procedimento com benefícios em relação à cirurgia.  Aneurismas simples podem ser tratados em menos de uma hora, porém procedimentos mais complexos podem demorar até cinco ou seis horas. Na ausência de complicações, a hospitalização após o procedimento dura, no máximo 48 horas.

 

A doença

Aneurisma é uma doença que atinge de 2% a 5% da população. É a dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode se romper e, quando acontece, provoca hemorragia interna e até pode levar a óbito. O fumo e a hipertensão arterial (pressão muito alta e contínua) são as principais causas do desenvolvimento e ruptura. Outros fatores de risco são parentesco de sangue próximo ao de alguém que já teve a doença, principalmente irmãos, diabete e uso de drogas. A incidência de aneurisma cerebral ocorre com mais freqüência nas mulheres e atinge todas as idades, mais ainda entre 35 e 45 anos. Muitas pessoas nascem com aneurismas cerebrais, os chamados aneurismas congênitos, os quais, ao longo da vida, podem aumentar e romper-se. A maioria não produz nenhum sintoma até que fique grande e comece a vazar sangue, causando hemorragia cerebral.

 

Sinais e sintomas

Se o aneurisma pressionar nervos do cérebro pode causar sinais e sintomas que incluem pálpebra caída, visão dupla ou outras alterações na vista, dor acima ou atrás do olho,pupila dilatada e fraqueza ou falta de sensibilidade em um lado da face ou do corpo.

Se o aneurisma romper-se, os sintomas podem incluir dor de cabeça súbita e forte, acompanhada de vômitos, convulsões, pescoço duro e perda de consciência. Qualquer um desses sintomas requer atenção médica imediata. Vale lembrar que na maioria das vezes a doença é assintomática.

 

Evolução dos diagnósticos

Com a evolução dos aparelhos de diagnóstico por imagem, como a tomografia computadorizada e ressonância magnética, cada vez mais os aneurismas são diagnosticados precocemente em pacientes que nunca apresentaram sintomas, possibilitando tratamento antes de alguma gravidade.


O procedimento é realizado na  Documenta - Hospital São Francisco, localizada em Ribeirão Preto, estado de São Paulo.

Lembramos que a indicação do procedimento deve ser feita pelo médico do paciente.

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